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A primeira Broxada do Youtube


Quando foi a última vez que você estreou algo? A Alphabet, mãe de todos os Googles, pode dizer que foi esta semana. A companhia revelou pela primeira vez na história o valor de receita do YouTube, imponentes USD 5 bilhões gerados por anúncios só nos últimos três meses de 2019, um impressionante crescimento de 36.5% sobre o ano passado. No saldo total do ano, a empresa embolsou cerca de USD 15 bilhões pelo YT. Pois é, uau! Por mais que você não goste de esperar cinco segundos para pular aquela propaganda insistente, é exatamente este conteúdo quase obrigatório antes de todo vídeo que resultou na vultuosa quantia levantada pela plataforma de streaming mais famosa do mundo. O dado foi revelado como parte do relatório do quarto trimestre fiscal da Alphabet, sendo o primeiro a ser divulgado sob a batuta de Sundar Pichai, ex-CEO da Google e atual manda-chuva da bigtech após a saída dos co-fundadores Larry Page e Sergey Brin.
 

Do Zoo para o mundo

Em vez de perder público com a alteração, a empresa conseguiu não só ganhar mais acessos, como Para quem acreditava que a plataforma seria somente um repositório de vídeos sobre passeios ao zoológico, os números apresentados pelo YT são bem emblemáticos. Em mais de 15 anos de história, só agora conseguimos acessar aos dados dourados de sua receita. Achamos que compra do YouTube pela Google em 2006, por USD 1.65 bilhão, foi uma decisão pra lá de acertada. Para fins de comparação, a receita apresentada no report do nosso pequeno play de cada dia representa quase 1/5 do valor total do Facebook e mais de seis vezes a gerada pela rival Twitch. Em outras frentes menos populares, o IuTubi também não fez feio: o serviço Premium já tem 20 milhões de assinantes em conjunto de sua versão musical, assim como dois milhões de usuários pagantes para o serviço de TV. Embora não dê para saber exatamente o quanto essas iniciativas geraram para a Alphabet, sabe-se que boa parte dos USD 5.3 bilhões da categoria "Outros" do relatório vem dessas frentes.


A empolgação é a última que morre

Como um todo a companhia faturou USD 46 bilhões só no último trimestre, um aumento de 17% do mesmo período em 2018. Desses, quase USD 11 bilhões foram só de lucro. Já o serviço de busca do Google continua sendo o fazedor de dinheiros da Alphabet com ganhos de USD 27.2 bilhões — um aumento de 15% sobre o período em 2018. Afinal, perguntar pro Google às duas da matina quem abre a porta do ônibus para o motorista entrar tinha que ser produtivo para alguém, né? E, não esquecendo do Cloud, o serviço de nuvem que gerou USD 2.6 bilhões. Apesar das novidades excitantes, o documento também mostra que nem tudo são flores e que a empresa enfrenta um problema de lucro. Ligeiro de tudo, o novo magnata da Alphabet sacou do feedback positivo enaltecendo algumas divulgações, enquanto desviava a atenção de partes não tão empolgantes do report. A receita da matriz, por exemplo, ficou abaixo das expectativas da Wall Street — recanto dos Faria Limers de NY — com aumento de apenas 18%,  enquanto no mesmo período do ano anterior havia atingido a marca de 23%.


Sem antecedentes criminais

Outro fator que deixa a revelação menos bonita ao olhar dos analistas, é que a Alphabet não contou quais foram os ganhos ou perdas operacionais do YouTube e do Google Cloud. Apesar de a gestão do nosso amigo Pichai ser muito mais transparente do que a anterior, as revelações ainda estão um tanto quanto nebulosas (Paywall) sobre o cenário completo de cada negócio da empresa, principalmente para que possamos fazer aquela comparação provocativa com a concorrência (vide Amazon).
Fonte: The Brief

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