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Por trás do fiasco HQ2 da Amazon: Jeff Bezos estava com ciúmes de Elon Musk

Era uma vez um executivo de muito sucesso, mas que tinha um pouquinho de recalque. O motivo para tal era a toda a atenção que o rival recebia de diversos pretendentes. Essa história poderia descrever qualquer filme adolescente ambientado no ensino médio, mas aqui ela se encaixa perfeitamente na relação de Elon Musk e Jeff Bezos, dois dos maiores empresários da indústria tech — bem grandinhos, por sinal — sobre o tratamento do governo às suas empresas. Explicamos: tudo começou em 2014, quando Musk conseguiu um incentivo fiscal de USD 1,3 bilhão em Nevada para abrir uma fábrica gigante de baterias. A façanha aconteceu graças à habilidade dele de promover uma verdadeira rifa entre estados americanos para decidir quem iria receber a contrapartida da empresa: injeção de receita e criação de postos de trabalho.
 

... pro recalque passar longe

O feito impressionou o mercado, mas deixou o presidente da Amazon bem desgostoso. Quando ele decidiu tentar replicar o ato de coragem do rival, a situação não deu muito certo. A empresa conseguiu "apenas" USD 40 milhões para construir seu hub de USD 1,5 bilhão perto de Cincinnati, o que teria deixado o chefão amazônico P da vida. Tempos depois, na tentativa de abertura de um segundo QG da Amazon, a companhia tentou se esforçar para encontrar incentivos governamentais para tal. Após uma cobertura intensa da mídia, Bezos conseguiu angariar USD 3 bilhões e decidiu pela instalação do QG 2 entre Nova York e Virgínia. Porém, políticos progressistas começaram uma campanha agressiva em relação ao dinheiro investido pela Concrete Jungle, o que fez Bezos dar para trás no plano e deixar a Amazon em situação vexatória pela falta de habilidade em lidar com políticos. Tá achando que só você tem que fazer politicagem para descolar uns trocados?
 

Se ele tem, eu também quero!

Não é de hoje que os executivos se veem em lados opostos. Em 2000, Bezos fundou a Blue Origin, uma spacetech com a nobre missão de “baratear” aquele bate e volta da ralé no espaço. Dois anos depois, Musk chegou rasgando na largada da corrida espacial, com sua SpaceX 4x4, tornando-se uma das principais parceiras da NASA e de outras empresas privadas do setor. Diferentemente da azulzinha, a companhia aérea espacial de Musk queria levar a galera para dar um oi para os marcianos (e esse ainda é o foco), o que faz o hype pela empresa de Muskinho ser bem maior do que da pioneira de Bezos. É claro que nem o espaço está livre de dramas: em 2015, Bezos tuitou sobre o pouso de um dos foguetes de sua empresa, afirmando que era um feito raro, ao que Musk soltou um "Calma lá, jovem, não é bem assim. Seis pousos de sucesso não são qualquer coisa”. Tempos depois, quando a Amazon anunciou um projeto de lançamento de satélites de banda larga, Musk foi xingar muito no Twitter, chamando Bezos de copião, já que ele toca uma iniciativa similar com aval do governo americano.
 

That's not all, folks!

Não obstante todos esses percalços, ao que parece existe mais pano para a manga: boatos dizem que a Amazon pode estar considerando adentrar o setor de veículos elétricos, que hoje é o arroz com feijão da Tesla — empresa xodózinho fabricante de carros a bateria do Carlos Musk. Embora o foco da Amazônica não seja bem a venda de veículos para consumidores finais, a criação e a comercialização de carros elétricos menores pode ser uma boa jogada para a companhia, que já implementa em seus armazéns dispositivos do gênero para transporte de carga. Na Índia, por exemplo, riquixás elétricos já foram incluídos nas frotas de entrega, o que pode ser apenas o primeiro passo. Qual será o próximo round?
Fonte: The Brief

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