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Roku like a hurricane


O ano é 2019 e parece fisicamente impossível para uma pequena companhia enfrentar Google, Apple e Amazon e seus bilhões de dólares em qualquer mercado. A não ser que você esteja falando da Roku. Interessada em plot twists, a desenvolvedora de software e hardware para streaming não só sobreviveu(paywall) para contar, como também viu o valor de suas ações triplicar desde o começo de 2019. Na última semana, a fabricante de gadgets à la Chromecast e Apple TV superou as expectativas do mercado com seu relatório trimestral. Com USD 250 milhões em receita, 30,5 milhões de contas ativas e um prejuízo líquido de USD 9,3 milhões, a companhia de Los Gatos, Califórnia surfou no hype e valorizou em mais 20% seus papéis.

Streaming for glory

Foi justamente com ajuda de sua vizinha de Los Gatos, a Netflix, que a Roku surgiu no mercado. Basicamente, era uma opção barata da streamar Breaking Bad e cia. e evolui para fornecedora de sistemas operacionais para smart TVs e otras cositas más. Apesar de ser mais conhecida no mercado gringo, a marca chegou ao Brasil com seu OS embarcado nas TVs da marca chinesa TCL. Lá fora, a Roku é quase uma Xiaomi no imaginário yankee: faz o mesmo trabalho por um preço menor.  No entanto, o sucesso da marca não vem das vendas de smart TVs com seu sistema ou mesmo de seus gadgets. Boa parte da receita da companhia em 2018 veio de publicidade. Sim, anúncios estão por todos os lados, desde a tela inicial, até vídeos de parceiros e mesmo nos botões do controle remoto de seus devices. Para a Roku, a coisa começa a ficar interessante, justamente quando as pessoas começam a assistir aquele episódio maroto de Brooklyn Nine-Nine

Parça de geral

Parte desse sucesso vem de uma política "deboísta" da empresa. Como a companhia não produz conteúdo original, ela aproveita o que há de melhor no mercado já saturado de streaming: atuar como uma ponte entre usuários e seus apps. Enquanto Netflix, Prime Video, Hulu e vários outros brigam pela sua carteira, a Roku se esforça para ter todas essas soluções em seus set-top boxes. Assim, a marca se posiciona como uma opção bastante promissora para anunciantes do que uma TV a cabo, por exemplo. No ano passado, a marca divulgou uma arrecadação de USD 416 milhões vinda de publicidade e esses números devem aumentar com a chegada de Apple TV+ e Disney+ ao sistema da californiana em breve. 

I wanna Roku

Enquanto as big tech trocavam tapas, a marca teve a chance de crescer relativamente fora do radar. Por outro lado, essa decisão estratégica tem seus contras. Um deles é a o fato de que a Roku atrasou, recentemente, de seu plano para criar sua própria IA de assistente virtual. A empresa também abandonou planos de produzir smart speakers em parceria com o Walmart, recentemente. Rivalizar com Alexa, Siri e Google Assistente não parece uma decisão lá muito inteligente. Até porque, com tantos freenemies poderosos, é preciso aprender o que qualquer fã de Attack on Titan já sabe: 1) não se pode ganhar todas e 2) às vezes a melhor decisão é se manter fora do caminho dos gigantes.

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