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Make Huawei great again

Após virar o saco de pancadas da Casa Branca nos últimos meses, a Huawei e o seu melhor amigo, governo chinês, estão prontos para revidar. Para começar, os comandantes de Pequim jogou uma real para o governo da Índia que, se o país banir a fabricante por pressão dos Estados Unidos, a terra da Muralha vai responder com “sanções reversas” — AKA alguns bloqueios comerciais que podem prejudicar a indústria da nação hindu. E a briga não deve ficar apenas no ringue diplomático. Só que, senhoras e senhores, o buraco é bastante mais embaixo. Pegue seu hashi que a gente deixa vocês pode dentro das últimas farpas dessa briga.

Tente outra vez, gafanhoto

Para começar, A Huawei também teria aproveitado o tempo que ficou proibida de fazer negócios nos States e dado vida a um ambicioso plano: lançar seu próprio sistema operacional. Chamado de HongMeng OS, o programa vai estrear em uma linha de Smart TVs da submarca Honor, mas o pessoal da Reuters acredita que ainda neste ano a empresa vai tirar seu monstro da jaula e colocar na prateleiras um smartphone com o concorrente do Android. A empresa nega, mas o sistema operacional pode muito bem ser uma solução de longo prazo. Ou seja, ajudar a Huawei a impulsionar o segmento de IoT e manter um controle mais firme de sua linha de produção. Qualquer semelhança com a Apple não é mera coincidência.

Kung Fu empresarial

A tendência é de que o suposto lançamento seja exclusivo da China e o OS faça sua estreia em um aparelho de entrada, custando menos de USD 300. No futuro, porém, essa pequena farpa pode se tornar um espinho gigante no dedão de Donald Trump e na economia do país da torta de maçã (desculpem, EUA, a gente só encontrou isso de típico). Atualmente, a Huawei já é a segunda maior fabricante de smartphones do planeta, cada vez mais próxima da Samsung, e sua saída do mundo Android significaria uma queda estimada em 800 milhões de usuários para a Google.

Segura meu frango xadrez

Se as ações da firma de Mountain View já balançaram apenas com as tensões do embate comercial que prejudicou a Huawei, o grito de independência da chinesa pode ser um grande soco no estômago —Bruce Lee style — dos comandados por Sundar Pichai. Fato é que os resultados da chinesa mostram que ela continua vendendo muito bem, apesar do entrevero com o mandatário norte-americano. Os chinos arrecadaram USD 53,8 bilhões nos seis primeiros meses de 2019. O segredo do crescimento de 24% nas vendas é que a empresa faz bem a lição de casa: mais de 64% das vendas são realizadas na terra dos pandas. Definitivamente, se sair por cima dessa, estaremos falando do curioso caso da marca que peitou uma das maiores potências globais. E sobreviveu para contar a história.

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