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Deep mind, deeper pocket


Se você já cansou de ficar no vermelho depois de bater as contas do mês, temos um pensamento para compartilhar: pelo menos você não precisa resolver os pepinos da DeepMind. A companhia de pesquisa em inteligência artificial londrina conta com mais de USD 1 bi de débitos para pagar neste ano, de acordo com documentosdivulgados às autoridades do Reino Unido. Ao que tudo indica, a fatura será paga por sua mãe, a Alphabet, que adquiriu a então startup em 2014, pela bagatela de USD 500 milhões.

Deep numbers

Se nos aprofundarmos nos números (com o perdão do trocadilho), vemos que nem tudo é negativo para a DM: a empresa foi capaz de dobrar sua receita entre 2017 e o ano passado, para cerca de USD 125 milhões. Ok, o valor fica pequeno perto das despesas, que bateram a casa dos USD 572 milhões. Sim, enquanto poupa dinheiro às garfadas, a DeepMind gasta de colheradas cheias, diria nossa saudosa Tia Mirthes. Some a essa equação um aumento de pessoal e empréstimos milionários que a companhia fez, e temos uma chuva de boletos batendo à porta da prima inteligente do Google. Por falar na firma do buscador, a intenção da DeepMind é justamente aplicar seu conhecimento e expertise a desafios do mundo real em “escala Google”. Exatamente, resolver problemas pequenos não é o objetivo dos crânios londrinos.

À espera do home-run

Os custos com colaboradores também quase dobraram de 2018 para cá. Não é para menos. A ex-startup precisa das mentes mais profundas (ops, a gente fez isso de novo) e em uma área que está cada dia mais concorrida. Com ajuda da Alphabet, a DM pode assegurar que suas contas ficarão em dia por, pelo menos, mais 1 ano. A esperança de geral é que, com tantos crânios juntos, role um avanço que seja aquele chamado tiro na Lua. E a gente tem até um palpite para o mercado que pode remediar a situação. Sim, a área da saúde, na qual os pesquisadores da companhia já trabalham desde 2015.

Saúde é o que interessa

Para reanimar os negócios, a DM está trabalhando em conjunto com hospitais do serviço público do Reino Unido para diagnosticar doenças oculares e identificar cânceres (de pescoço e cabeça) a partir de imagens médicas convencionais. Outra linha promissora é um algoritmo que permite prever quais são os pacientes com riscos para deterioração dos rins e outros órgãos. É aquela coisa: mesmo que tenha uma mãe mais do que bem financeiramente, a empresa de IA quer provar seu valor com resultados. E parte desse processo é pagar as contas do próprio bolso, como uma versão invertida daquela parábola do filho pródigo. Daí, nesse caso, a DeepMind quer mais é deixar a proteção debaixo das asas da Alphabet e ganhar esse mundão todo.

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