Você pode nem imaginar, mas existem 1,3 bilhão de iPhones ativos atualmente. Após mais de uma década populando esse mundão todo com seus devices, a Apple está preocupada em fazer com que o gadget tenha uma duração maior e, assim, eliminar a necessidade de extrair materiais do planeta.
O plano foi explicado pela VP de Meio Ambiente, PolÃtica e Iniciativas Sociais, Lisa Jackson, durante o evento de apresentação dos novos modelos. A gigante de Cupertino tem metas ousadas: utilizar matéria-prima reciclada/reciclável em todo seu catálogo; garantir que os produtos durem mais e assegurar que os tais aparelhos sejam reciclados corretamente.
O ponto mais surpreendente dessa polÃtica é que a Apple esteja interessada em ampliar a duração de seus smartphones (e outros iTrecos). É uma decisão que aponta não só para uma polÃtica de sustentabilidade, mas que também se reflete no modelo de negócios do espertofone. Traduzindo: se o celular da californiana dura mais, menos pessoas vão trocar os seus. O que, à primeira vista, pode parecer ruim para os números.
No entanto, a grande Maçã parece investir em manter seus consumidores e não apenas vender coisinhas. E, apostando no longo prazo, subiu de vez o valor de seus smartphones. A matemática é a seguinte: imagine que um iPhone de USD 1.200 tenha desempenho duas vezes melhor que seu antecessor — com preço de USD 600 — e se mantenha funcionando pelo dobro do tempo. Então, seguindo essa lógica, o consumidor estaria investindo metade do preço ao escolher o iPhone novo.
Em tese, a iniciativa é boa para o planeta e também ajuda a preservar a base de usuários (estimada em 1 bilhão) porque Tim Cook e seu time seguem vendendo serviços de assinatura e mantendo os apple-fãs confortáveis em um mundinho fechado e eficiente. Essa parece uma boa resposta da gigante tecnológica aos crÃticos de que ela promove a obsolescência programada em seus produtos. Quem aà não se lembra do “battery gate” que rolou no ano passado?