Da mesma forma que existem produtos criados para serem sucesso de vendas e acabam em um mercado nichado (como o Google Glass), existem aparelhos que chegam ao mundo com um propósito singelo e, assim como o queijo, acabam atendendo a diversos setores (ou sabores). O cream cheese tecnológico, no caso, são os drones: antes encarados como objetos de lazer, eles encontraram espaço em diversas indústrias e criaram, do nada, um mercado que deve gerar USD 40 bilhões em 2024. Só nos Estados Unidos, a estimativa é que existam 450 mil voadores — e o número só deve aumentar nos próximos anos.
Tá tudo droneado
Mais famosos no Brasil por volta de 2016, os drones eram encarados como câmeras com asas, capazes de dar uma perspectiva totalmente diferente das paisagens. E o combo maior demanda + tecnologia avançada + softwares criados especialmente para drones fizeram esse mercado virar o xodó de diversos setores da indústria. Tanto governos como empresas estão comprando esses equipamentos de baciada para atuar em funções que vão desde a análise de um incêndio, utilizando sensores para medir o calor e dar mais infos aos bombeiros, até inspeções da parte externa de plataformas de petróleo. De acordo com analistas da Barclays (paywall), o uso de drones deve gerar uma economia de custos de USD 100 bilhões.
Em busca do drone perfeito
Da mesma forma que a união faz a força, centenas ou milhares de drones, em bom estado e sincronizados, conseguem fazer façanhas que vão bem além de um balé bacanudo. Prefeituras e até empresas que alugam helicópteros para tarefas de monitoramento de regiões podem conseguir o mesmo trabalho (ou até mais otimizado) com o uso desses produtos, sem falar no preço e na manutenção mais em conta. Por todas essas possibilidades, fabricantes como a DJI, que é lÃder no setor, enfrentam o desafio de adaptar seus produtos para atender à s necessidades do mercado B2B com a agilidade que ele espera. E, pelo andar da carruagem, pode ser difÃcil alcançar quem se posicionar bem nessa corrida.
Não decolei, mas tô na pista
Antes que você pense em largar o trampo atual e ir viver de drone, vale falar que essa área ainda vai passar por diversas regulações que podem fazer seu negócio nem sair do chão. A própria DJI (cuja sede é na China) está na mira do governo norte-americano por questões relacionadas à privacidade dos dados. Isso sem falar que, apesar das imagens legais e de serem uma mão na roda para muitas empresas, ainda existem muitos casos de mal uso ou mesmo acidentes envolvendo os equipamentos — quem aqui se lembra do caso do aeroporto que precisou fechar na época do Natal por causa dos voadores? Em resumo: esse setor ainda está se ajustando, mas quando estiver totalmente organizado, nem vai dar tempo de anotar a placa.
The Brief