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Apple e Microsoft: Upgrade das finanças


O índice Dow Jones Industrial Average, que utiliza a cotação de ações das 30 empresas Classe A dos EUA para medir a "saúde" do mercado americano, ultrapassou na semana passada a marca de 28 mil pontos, o maior indicador já visto desde a sua fundação. Um dado relevante (e que foi o motivo para que o tema tivesse presença por aqui) é que boa parte desse número foi puxado (paywall) por empresas específicas: Apple e Microsoft. Ao longo dos últimos anos, as duas alcançaram um panorama privilegiado na economia americana — mesmo entre outras grandonas de tecnologia.
 

Much money mesmo

Combinadas, as marcas têm um valor de mercado de (wow) USD 2,3 trilhões. E, ao reunir linhas de negócio bem-sucedidas com novos (e promissores) setores, Maçã & Janela têm patrimônios maiores do que setores inteiros. Por exemplo: todo o valor de mercado das áreas de consumo básico, materiais, imóveis e serviços públicos do S&P 500 é menor (paywall) do que o das duas empresas. Mesmo verticais que sempre foram cheias de capital, como energia e óleo e gás, ficam pequenas quando comparadas com a dupla. Por último e voltando ao S&P: Microsoft e Apple são maiores do que as 197 empresas com menor capital listadas no índice. Em um pequeno grande resumo: elas estão com tudo.
 

Responsáveis pela riqueza

E a fama de topsters não é em vão: 2019 foi um baita ano para as duas firmas. As ações da Apple aumentaram 66% no período, atingindo um valor de mercado de USD 1,16 trilhão. Boa parte desse crescimento foi gerada por produtos fora da linha iPhone (tipo os AirPods) e o crescimento das verticais de serviço (como o Apple TV+). Nesse mesmo tempo, os papéis da MS subiram 47% e quase empataram com a empresa do iPad, com USD 1,14 trilhão de valor de mercado. Para a surpresa de 0 pessoas que acompanham o mercado, o nome do principal motor de arranque financeiro da companhia de Redmond começa com “A” e termina com “zure”, a vertical de soluções para computação em nuvem.
 

Problemas da vizinhança

Vendo todo esse contexto, é fácil pensar algo como: “então quer dizer que as outras rivais estão em uma fase ruim?”. A resposta mais sincera é: depende. Apesar de o ano não ter sido o melhor para empresas como Amazon e Google, nenhuma está fechando o período com crescimento abaixo de dois dígitos — a dona da Alexa tem crescimento de 16%, enquanto a Alphabet registra aumento de 24%. Porém, o futuro de ambas as marcas parece mais predisposto a tretas de grande porte: no setor de privacidade de dados (como no caso recente da Big G) ou por questões relacionadas a impostos ou benefícios da força de trabalho (problemas que sempre rodeiam a proprietária do Kindle). Por conta das barras futuras, o mercado está preferindo apostar mais fichas em outros setores.
 

Vivida e enxuta

E a cereja financeira sobre a atual bonança de Apple e Microsoft é que, mesmo agora (agora = na noite antes de você ler este texto) o preço das ações da dupla está mais em conta do que os assets de Google e Amazon. Ou seja: é um negócio (no momento, vale frisar) com mais potencial de retorno e ainda assim menos caro. Tá, não dá para esquecer que precisa haver uma discussão sobre o tamanho de todas essas empresas (e que já está sendo tocada nos EUA por pessoas como Elizabeth Warren), mas também não dá para ficar reflexivo quando se pensa que ambas as companhias nasceram no fim dos anos 1970 e atualmente estão muito bem, obrigada.

Fonte: The Brief

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