Em um mundo dominado por TikToks da vida, o YouTube está apostando em mais transparência para ganhar a atenção do público e dos anunciantes, bem como tentar se desvincular de uma crescente imagem extremista. A empresa lançou um grande relatório focando nas remoções promovidas para diminuir os conteúdos de desinformação e que podem ser nocivos para quem consome o conteúdo de seu site. A companhia disse que não está medindo esforços para limpar seu feed e, desde o ano passado, fez 48 melhorias nas diretrizes e políticas de sua comunidade para endurecer as regras da plataforma. E parece que isso tem dado resultado: as novas guidelines sobre discurso de ódio aumentaram em cinco vezes a exclusão de vídeos e canais no segundo trimestre de 2019. O site do player vermelho também não para de trabalhar para aprimorar seu machine learning de detecção de conteúdos irregulares, tecnologia que já é um pilar da plataforma. Segundo o YT, 87% das 9 milhões de produções removidas entre abril e junho ocorreram por causa do tal sistema automatizado. Além de mostrar que os programadores merecem um aumento, o sucesso da máquina está livrando muita gente de ver coisas que não gostariam: entre os vídeos retirados com a ajuda do robô, 80% não chegam a receber visualizações. A medida serve não apenas para manter a sanidade dos usuários, mas também para evitar que anúncios sejam veiculados em conteúdos extremistas. Atualmente, o YouTube é a segunda maior fonte de crescimento no Google, e um êxodo de anunciantes causado pela disseminação de vídeos polêmicos poderia acabar atrapalhando a fase de likes do negócio.
