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SoundLoud and Clear


Quem nunca teve um ano ruim? Vamos dizer que o 2017 do SoundCloud foi uma sinfonia de momentos para se esquecer: 40% dos colaboradores foram demitidos, dois escritórios completamente fechados e a partida de seus principais executivos. Mas, sempre rola aquele suspensinho antes do refrão, a companhia conseguiu dar a volta por cima com um novo vocalista, digo, CEO e a participação mais do que especial de um aporte de USD 170 milhões.
 

Tá vendo aquela nuvem que brilha lá no céu?

A parte mais importante da recuperação do SoundCloud foi entender que não dava mais para competir com gigantes do streaming. O novo big boss, Kerry Trainor decidiu que iria investir no nicho e manter os criadores, público fiel do serviço, dormindo no barulho (e nas ferramentas) que o SC tinha para oferecer. Afinal de contas, há uma distância grande entre os consumidores de músicas no YouTube, os assinantes do Spotify e o público da SomDeNuvem. E Trainor sacou que concorrer com esses grandões só fez o negócio desafinar.
 

Top hits a 1 clique de distância

Com o SoundCloud Premier, os artistas que assinam os pacotes premium disponibilizados pela empresa (com mensalidades entre USD 6 e USD 12) conseguem, com um único upload, disponibilizar sua música em outros serviços de streaming, como Apple Music e Spotify — o que já poupa um trabalho considerável. Mas a cereja do bolo do novo serviço está na forma como ele gerencia a grana gerada pela execução das canções: os usuários acompanham em um único lugar a soma total de dinheiros a receber, sem a necessidade de acessar site por site para fazer a conta. Harmonia total.
 

Replay corporativo

É curioso notar que a decisão de Trainor foi a mesma de outra CEO jovem e com um desafio parecido nas mãos. Em 2017, ao assumir o comando do Vimeo, Anjali Sud resolveu que a plataforma de vídeo ia faturar com base nos serviços focados nos amantes da sétima arte e não se preocupar com YouTube e Netflix. Também conhecidos como os profissionais da área de cinema, que realmente hypam o serviço.  No caso da startup de streaming musical, a decisão se impôs sobre custo de ficar irrelevante. Dar um passo atrás e começar a negociar e dar todo o suporte que um criador de conteúdo precisa para depois estourar no Spotify pode não ser a tarefa de mais destaque nessa grande orquestra que é o mundo do entretenimento. Mas, é como nossa velha Tia Mirthes sempre dizia, tem gente que nasce para tocar e outros para carregar o piano. Dá para dizer que velhota estava errada?

The Brief

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