O Google iniciou o desenvolvimento de uma ferramenta de busca para o mercado chinês. Na época, o serviço, todo trabalhado na censura, não chegou a ver a luz do dia. Só que, de acordo com o pessoal do The Intercept, a ideia de conquistar a China não foi abandonada pela turma de Mountain View.
A versão censurada do Google deve ser uma espécie de dark-web ao contrário. A ferramenta terá uma blacklist para sites sobre temas perigosos ao regime asiático: direitos humanos, democracia, religião e protestos pacíficos.
Segundo documentos obtidos pela publicação, o projeto é chamado de Dragonfly e segue em ritmo acelerado. A matéria ainda cita reuniões de Sundar Pichai, CEO da gigante das buscas, com autoridades do país dos pandas.
Atualmente, o Google não pode ser acessado no país, por conta de um megabloqueio de firewall empregado pelo regime liderado por Xi Jinping. Para ganhar o aval dos governantes, mesmo sites indexados pela ferramenta, como Wikipedia e BBC, terão algumas páginas e assuntos bloqueados.
Os resultados das pesquisas nesse Google proibidão devem exibir um aviso de que parte do conteúdo foi removida. Não dá para cravar que isso vai realmente acontecer, e a companhia de Mountain View não se pronunciou sobre o assunto.
Mas... Só a possibilidade de chegada do Google à China fez o “Google chinês” AKA Baidu perder 7,67% no valor de suas ações na Nasdaq.